terça-feira, 22 de janeiro de 2019
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Davos, 2019
A infinita ganância por
lucro e poder se encontra no fórum em Davos, quase não há limites.
Os governantes em Davos
estão preocupados em aumentar seu capital. Mas eles não terão sucesso para
sempre. Em todo o mundo existe uma forte resistência a esta política.
O capitalismo mostra
repetidas vezes fenômenos de desintegração.
Não vamos deixar isso passar!
Vamos tomar o caminho para fazer nosso protesto em voz alta! Deixe os
governantes sentirem a nossa raiva!
Nenhuma paz para nazistas e
capitalistas! Vamos fazer o castelo de cartas entrar em colapso! Fim do
capitalismo! Pela revolução social!
https://xn--revolutionr-u8a.ch/?fbclid=IwAR18KE4VI_GL7uu3BirdyPEQqtZKoeA3WzI6s0znDDBouHHTCt-eJoyItKM
sábado, 19 de janeiro de 2019
"For peace without voice is not peace. It's fear." Marcelo Yuka
A paz que Yuka nunca quis.
Em um video no youtube, Falcão, cantor do Rappa afirmou que
o rompimento dele com Marcelo Yuka se deu quando Yuka disse que não acreditava
em Deus.
17 anos paraplégico por conta de um assalto, idas e vindas
de saúde, falta de grana (sendo ele autor das canções que mais tocam em rádio,
tv e streaming do pop brasileiro). Motivos pra descrença de um Deus único,
soberano, masculino, misericordioso, não faltaram.
Marcelo Yuka encontrou a paz que nunca quis.
Na canção "Minha Alma (a paz que não quero)",
explicou:
- Pois paz sem voz, não é paz. É medo.
Ninguém quer morrer. Mas Yuka menos ainda. O amor de Marcelo
Yuka pela vida, não só a dele, mas a vida dos outros, especialmente dos
brasileiros, nesse país onde ela vale tão pouco, era radical.
Pode-se dizer que o Deus de Marcelo Yuka era a vida. A
certeza de estar vivo.
Em uma sociedade estruturada em torno da ideia religiosa de
que devemos sacrificar nossos dias de vida em prol de uma promessa de
compensação pós morte.
A morte era a grande inimiga de Yuka. Não só a sua, um
sujeito paraplégico à bala. Mas a morte de qualquer ser humano, principalmente
brasileiro, principalmente desvalido, os mais vulneráveis à balas.
É dele o definitivo verso: "Também morre quem
atira".
Também "Todo camburão tem um pouco de navio
negreiro".
Marcelo Yuka desafiou Deus. Era para estar morto há 17 anos,
no fatídico dia em que chegou sua vez de tomar tiros (uma sensação que todo
brasileiro tem é de que alguma hora vai chegar a sua vez). Uma sensação que
aumenta com a possibilidade de que mais armas circulem em nosso país.
Mas Yuka sobreviveu. E vieram os AVCs. Ele sobreviveu a um
deles. Deu muito trabalho à morte. E, em outro verso antológico, explica o
segredo de ter sido bem sucedido enganar a velha senhora.
"Os cães farejam medo. Logo, não vão me
encontrar."
Yuka não tinha medo de sua inimiga.
Yuka não tinha medo.
O que o fez ele mesmo um deus.
Pescando ilusões, motivos que lhe tragam fé. - Como na sua
sublime canção "O Pescador de Ilusões".
O brasileiro destemido à espera de sua hora, seja à bala,
pela sua inexorabilidade, pescando ilusões, e motivos que lhe tragam fé.
Registrando em vida, antes que a paz que não se quer lhe
encontre, que valeu a pena.
Valeu a pena pescar
Valeu a pena viver.
Dodô Azevedo
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